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Aspectos Educacionais
A MCAT permite que os alunos sejam autores de trabalhos científicos criados a partir de suas próprias idéias. Esses trabalhos são apresentados nas feiras de ciências escolares, municipais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais.
A aplicação da MCAT como tecnologia para a produção de trabalhos científicos por alunos da educação básica desenvolve conteúdos multi e interdisciplinares relacionados ao desenvolvimento de projetos, tais como:
Uso correto de linguagens e códigos;
Uso aplicado da matemática no planejamento e obtenção de resultados;
Conteúdos de ciências naturais, sociais e humanas identificados como necessários ao desenvolvimento do projeto cientifico pelos próprios alunos sob orientação do professor.
A MCAT facilita o desenvolvimento de habilidades normalmente desenvolvidas ao se trabalhar com projetos científicos, tais como:
Identificar problemas reais e relevantes no seu contexto;
Compreender situações complexas e próximas à realidade;
Imaginar possíveis soluções e identificar aquelas viáveis, dentro do contexto;
Planejar e executar as atividades para solucionar os problemas;
Interpretar resultados obtidos e relacioná-los aos já existentes;
Tirar conclusões com base nas informações disponíveis;
Sintetizar as informações para expor ao público.
Um dos príncipios da MCAT é de que a idéia original do trabalho deve partir de uma pergunta feita pelo próprio aluno. Ou seja, ele só irá investigar algo de seu próprio interesse. Isso por si só corresponde a um agente motivador excepcional.
A MCAT favorece o desenvolvimento de atitude protagonista, inquiridora, criativa e de trabalho em grupo nos alunos. Além disso, ela promove a autoconfiança no professor, pois possibilita que ele desenvolva o papel de orientador de trabalhos até mesmo de áreas de conhecimento que ele não domina. Ela ainda desenvolve nos professores a capacidade de trabalhar em grupo ao possibilitar o intercâmbio de experiências de orientação e a organização de uma feira de ciências escolar com os trabalhos autorais dos alunos.
Usamos dentro da MCAT a técnica de tempestade de idéias para que os alunos possam expressar livremente suas próprias idéias. A partir das perguntas geradas sem preconceito, julgamento e sem bloqueios, os alunos selecionam aquelas que acreditam mais interessantes para desenvolver o trabalho científico. O desenvolvimento do trabalho deve seguir o método científico, entretanto os alunos exploram livremente as formas, materiais, ferramentas e ideias que deverão usar ao longo do desenvolvimento. O trabalho é desenvolvido ao longo do ano escolar.
Ao precisar resolver um problema real o estudante se depara com diversos desafios práticos, que precisarão de reflexão, busca de conhecimento teórico e aplicação prática para solução.
Ao desenvolver o trabalhos científico os alunos produzem três documentos principais:
1. Projeto ou Plano de Pesquisa;
2. Diário de Bordo;
3. Relatório da Pesquisa
Aspectos Logísticos
Atualmente a aplicação da MCAT nas escolas é feita em 7 etapas:
1. Capacitação com os professores em método científico tendo como base o Gibi “Eu, Cientista?” e o Gibi “Feira de Ciências “;
2) O professor trabalha com os alunos os bloqueios que nos impedem de pensar livremente e de sermos criativos, posteriormente os separam em grupos para formular perguntas livremente, seguindo a técnica de tempestade de ideias. Um membro do grupo anota todas as questões levantadas e tudo deve ser aproveitado sem censura, ninguém pode julgar as ideias nesse momento;
3) Com uso do gibi os alunos aprendem como analisar, selecionar e reescrever as perguntas, atendendo aos critérios de formulação de um problema científico: o problema deve ser apresentado sob a forma de uma pergunta; a pergunta deve ser clara e precisa; o problema deve ser suscetível de solução; o problema não deve envolver julgamento de valor e; o problema deve ser delimitado a uma dimensão viável (o projeto deve ser possível de ser realizado nas condições da escola);
4) As hipóteses então são formuladas para responder provisoriamente às perguntas;
5) Com o auxílio do orientador os alunos escrevem o projeto de pesquisa;
6) A parte prática da pesquisa é executada;
7) Os alunos chegam as conclusões a partir dos resultados obtidos e redigem o relatório final da pesquisa. O trabalho é apresentado na feira de ciências da escola
A equipe do projeto realiza as capacitações, e acompanha o desenvolvimento dos trabalhos de forma presencial (visitas a escola) ou virtual (via e-mail).
Usamos os seguintes materiais nas capacitações:
1. Livros: Metodologia Científica ao Alcance de Todos; Como Organizar uma Feira de Ciências
2. GIbis: Eu, Cientista?; Feira de Ciências
3. Cartolinas, canetas, marcadores.
No desenvolvimento dos trabalhos não existe limitação quanto ao tipo de material a ser usado, porque cada projeto tem suas próprias características, mas o material comum a todos é um computador com editor de texto e planilhas para produção dos documentos, tabelas e gráficos e um caderno para produção do diário de bordo
As capacitações são realizadas em sala de aula, normalmente são minsitradas para 30-60 participantes e duram de 3 a 4 horas. São usados computador com datashow, gibis e cartolinas, preferencialmente as carteiras devem ser móveis para organização de grupos de trabalho. O desenvolvimento dos trabalhos pelos alunos não exige obrigatoriamente um laboratórdio de ciências, já que os alunos podem desenvolve-lo das mais diversas formas.
Fazer a tempestade de ideias com os alunos é fundamental. O trabalho pode ser em qualquer área de conhecimento. O papel do orientador é de guiar os alunos, não de ter respostas para as perguntas dos alunos. Não há obrigatoriedade do orientador se restringir a sua área de atuação.
A MCAT faz parte do Programa de Extensão Ciência para Todos no Semiárido Potiguar, deesenvolvido pela UFERSA, UERN, IFRN e SEEC/RN.
O programa já teve ou tem apoio das seguintes instituições:
CNPq, CAPES, MEC, MCTIC, British Council, FAPERN, Petrobrás, J. Patrício Comércio de Metais, Fundação Lemann e MIT Media Lab